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Síndrome de Asperger: conheça mais sobre o autismo de alto funcionamento e a importância do diagnóstico precoce

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Especialista explica características da patologia e as diferenças para o autismo. Foto: Divulgação.  

A Síndrome de Asperger é um transtorno neurobiológico, considerado um subtipo do Transtorno do Espectro Autista (TEA), que atinge uma a cada 59 crianças, de acordo com dados de 2018, divulgados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão americano de saúde.

Pensando em levar informação e conscientização sobre o tema, em 18 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Asperger. A data marca o aniversário do psiquiatra austríaco Hans Asperger, primeiro médico que descreveu o transtorno em 1944.

A causa exata da Síndrome de Asperger – ou autismo de alto funcionamento – é desconhecida. Contudo, estudos apontam que é possível existir a combinação de fatores genéticos e ambientais, que criam um cenário para que a condição se desenvolva.

Reconhecida como um Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) e nível 1 do espectro autista, ou seja, um quadro mais brando do autismo, os portadores apresentam dificuldades de socialização e de relação com os demais, além de mostrarem apego às rotinas.

Segundo o neurologista infantil, Dr. Clay Brites, médico convidado da Prati-Donaduzzi para esclarecer o assunto, a Síndrome de Asperger é considerada mais leve e discreta, apresenta fala comunicativa, diferente do quadro de intensidade do autismo, que possui dificuldades ao conversar.

“A linguagem, em geral, está bem preservada, os pacientes possuem o nível intelectual acima da média e com habilidades, muitas vezes, mais altas quando comparado à população geral”, explica. Brites diz ainda que são “pequenos cientistas” com perfis de verdadeiros “professores”.

O médico ressalta que o autismo e a Síndrome de Asperger são parecidas. A diferença está na sua capacidade funcional. Quem é portador da síndrome dispõe de maiores possibilidades de adaptação funcional. Além disso, é possível diferenciar no modo como eles se expressam ou se comunicam e pelo grau de dependência.

Sintomas

Os sintomas podem surgir já na primeira infância e persistem durante a vida adulta. Cada caso do quadro possui as suas individualidades, podendo variar a intensidade dos sintomas de uma criança para outra.

O neurologista destaca os sintomas mais comuns de espectro autistas, que podem ser fáceis de identificação, entre eles: sem emoções na fala, jeito robótico de se expressar, pouco contato visual, preferem ficar isolados no quarto com seus afazeres preferidos.

Além disso, costumam ter uma sinceridade sem filtro social e imaturidade, que está ligada a pouca habilidade para perceber intencionalidades ou sentimentos dos que estão a sua volta.

Para ajudá-los é essencial estabelecer uma rotina fixa, pois as mudanças podem não ser tão bem-vindas por eles – deixando tudo mais confuso. Nesse sentido, quem vive com alguém que nasce com a condição deve entender e respeitar o seu modo de pensar, agir, sentir e se manifestar socialmente.

A importância do diagnóstico precoce

O diagnóstico é feito por meio das características clínicas e comportamentais, aspectos do desenvolvimento infantil, uso de escalas específicas de investigação e screening, além de avaliação com instrumentos de avaliação diagnósticos.

O médico destaca a importância em entender o significado do resultado positivo para a condição. “A pessoa passa a entender melhor o porquê de ser diferente dos demais e aprende a lidar com suas limitações e desafios no cotidiano”, explica.

Para que a criança na vida adulta se desenvolva e consiga entrar no mercado de trabalho e começar a sua família, é fundamental a identificação precoce por um especialista, assim, suas habilidades, principalmente as sociais, podem ser desenvolvidas.

O diagnóstico cedo pode trazer benefícios, principalmente na questão da qualidade de vida. “Com esse resultado é possível reconhecer meios e estratégias de como se manifestar no ambiente social. Tratar as comorbidades que mais frequentemente se inserem a ele como a depressão, transtornos de ansiedade e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)”, explica.

Tratamento

Assim como outras condições do autismo, a Síndrome de Asperger não tem cura, mas é possível seguir com tratamentos multidisciplinares, que envolvam tanto estratégias comportamentais, quanto psicoeducacionais e medicamentosas.

*Este conteúdo é elaborado pela indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, com o objetivo de levar mais informação sobre saúde à população.

SOBRE A PRATI-DONADUZZI

A Prati-Donaduzzi, indústria farmacêutica 100% nacional, é especializada no desenvolvimento e produção de medicamentos. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz aproximadamente 12 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 4,5 mil empregos. A indústria possui um dos maiores portfólios de medicamentos genéricos do Brasil e desde 2019 vem atuando na área de Prescrição Médica.

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Sobre o colunista

Indústria farmacêutica 100% nacional, especializada e referência no desenvolvimento e produção de medicamentos genéricos. Neste ano ingressou na área de Prescrição Médica com medicamentos de marca com foco no Sistema Nervoso Central. Com sede em Toledo, Oeste do Paraná, produz, aproximadamente 11,5 bilhões de doses terapêuticas por ano e gera mais de 4,5 mil empregos.
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